Jerusalém

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Algumas considerações

Caro Leitor,

Bem vindo ao Blog Netivyah.

Antes de ler esse blog necessário comentarmos sobre o que significa Netivyah e tecermos
algumas considerações a cerca do nome de D-us e Jesus, principalmente sobre a grafia. Espera-se que todos compreendam as considerações apresentadas.
A palavra Netivyah quer dizer em hebraico “seguidores do caminho”, termo pelo qual os discípulos de Yeshua HaMashiach (Jesus, o Messias) eram conhecidos.
Sobre a grafia do nome D-us, optamos por não usar a palavra Deus, pois o nome verdadeiro de D-us é impronunciável - יהוה - mas sim a forma hebraica transliterada (na transliteração o nome de D-us pode ser: YHWH, YHVH, JHWH ou JHVH), desta forma, preferimos usar a palavra D-us (D'us) ou D-s (D's), fazendo menção ao tetragrama que ninguém sabe como se pronuncia. Isto ocorre porque a pronuncia limitaria D-us.
Já a palavra Jesus estaremos preferencialmente se referindo ao seu nome verdadeiro em hebráico - Yeshua (pronuncia Iexua) - pois não se traduz nome. Somente nos casos em que se envolva religiões cristãs é que o nome Jesus será mencionado, nos demais casos o nome será Yeshua.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Espiritismo

O Espiritismo se baseia na crença de que as almas desencarnadas podem manter contato com o mundo dos vivos, transmitindo ensinamentos úteis ao aprimoramento moral e espiritual da humanidade. Para se comunicar com os vivos, os espíritos desencarnados utilizam-se do médium, que "empresta" seu corpo ou sua voz para esta finalidade.
Na verdade, as tentativas de se estabelecer contato com os mortos remontam aos primórdios da civilização humana, mas foi somente na segunda metade do século 19 que o Espiritismo se estruturou como uma doutrina.
Os fenômenos mediúnicos são registrados em todas os lugares e épocas da História, desde a Antiguidade, sob diversas formas. Como exemplo refere-se:

1.a prática ancestral de culto aos antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes homenagens por meio de diversos rituais;
2. na cultura judaico-cristã encontram-se registrados na Primeira Aliança, nomeadamente a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos" (evidência da crença judaica nessa possibilidade, uma vez que não se proíbe aquilo que não é praticado), e, na Nova Aliança, a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor (Mt, 17:1-9).
3. na cultura da Grécia Antiga, a crença em que as almas dos mortos habitavam o submundo e que era possível entrar em contacto com eles, cuja referência mais conhecida encontra-se na Odisséia. Ali Homero narra que Odisseu (Ulisses), rei de Ítaca realiza um ritual conforme indicações da feiticeira Circe, logrando conversar com as almas de sua mãe e dos seus companheiros, que haviam soçobrado durante a Guerra de Tróia. Em época posterior, registram-se os comentários de Platão sobre o "dáimon" ou gênio que acompanharia Sócrates.
4. os povos Celtas acreditavam que os espíritos regressavam ao mundo dos vivos em certas ocasiões ("Samhain"), crença essa que se encontra na origem das populares festas de “halloween”.
5. na Idade Média, a persistência popular de crenças em superstições e amuletos para obter protecção.
6. na Idade Moderna, as narrativas sobre fantasmas e assombração de locais, ilustrada, por exemplo, pela peça de teatro Hamlet, em que o dramaturgo inglês Willim Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho.
Os xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter o dom de comunicação com o além. Entre a população nativa americana, apenas o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação entre eles e os mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do mundo dos espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade. Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao mundo dos espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de guias espirituais ou espíritos superiores.
Atualmente é comum adotar-se a data de 31 de março de 1848, início do fenómeno das Irmãs Fox, como marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, quando se inicia uma fase de manifestações mais ostensivas e freqüentes do que jamais ocorrera, particularmente nos Estados Unidos da América e na Europa, o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos.
Entre esses pesquisadores destacou-se o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, com base em uma série de relatos psicografados, publicou O Livro dos Espíritos.
O termo espiritismo (do francês "espiritisme") surgiu como um neologismo, mais precisamente um "porte-manteau", criado pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), sob o pseudônimo de "Allan Kardec", para nomear especificamente o corpo de idéias por ele sistematizadas inicialmente em "O Livro dos Espíritos" (1857). Contudo, a utilização de raízes oriundas da língua viva para compor a palavra ("spirit": espírito + "isme": doutrina), que, se por um lado foi um expediente a que Kardec recorreu para facilitar a difusão do novo conjunto de idéias, por outro fez com que o termo fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, muitos entendem hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência do espírito à morte do corpo, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar ordinariamente com ele.
Juntamente com outros estudiosos do tema, dentre os quais se destacaram os teóricos Camille Flammarion, Frederick Myers, Andrew Jackson Davies e Charles Richet, Allan Kardec elaborou os princípios fundamentais do Espiritismo, que são:

1. A existência de Deus – Deus é a inteligência cósmica, criadora do Universo e responsável pelo seu equilíbrio.
2. A existência da Alma - A alma é imortal e está envolvida por um corpo espiritual, denominado perispírito. Após a morte, o perispírito conserva as lembranças das experiências terrenas.
3. A existência da Reencarnação - A Reencarnação é o processo pelo qual o espírito evolui moral e intelectualmente. Em vidas sucessivas, ocupando diferentes corpos materiais, ele se aprimora e se redime de seus erros. os espíritos encarnados ("vivos") e os espíritos desencarnados ("mortos") podem se comunicar entre si através da mediunidade (em língua inglesa também "channeling");
4. Metempsicose [do grego: meta= mudança + en= em + psukê= alma]
I. Transmigração da alma de um corpo para outro.
II. Doutrina filosófica de origem indiana, transportada para o Egito, de onde mais tarde Pitágoras a importou para a Grécia. Os discípulos desse filósofo ensinavam ser possível uma mesma alma, depois de uma período mais ou menos longo no império dos mortos, voltar a animar outros corpos de homens ou de animais, até que transcorra o tempo de sua purificação e possa retornar à fonte da vida. Como se constata, há uma diferença capital entre a metempsicose e a doutrina da reencarnação: em primeiro lugar, a metempsicose admite a transmigração da alma para o corpo de animais, o que seria uma degradação; em segundo lugar, esta transmigração não se opera senão na Terra. Os Espíritos lecionam o contrário, que a reencarnação é um progresso constante, que o homem é um ser cuja alma nada tem de comum com a dos animais, que as diferentes existências podem realizar-se, quer na Terra, quer, por uma lei progressiva, em mundos de ordem superior, até que se torne Espírito purificado.
5. A existência da Lei do Carma - É a lei da ação e da reação, ou seja, a cada ação corresponde uma reação. Assim, nossas atitudes presentes vão determinar os rumos futuros do nosso espírito, de modo que nós somos os responsáveis pelo nosso destino.
6. a Terra não é o único planeta com vida inteligente (pluralidade dos mundos habitados).

O ciclo evolutivo espírita preconiza que, ao atingir um determinado grau de aperfeiçoamento, o espírito não precisará mais reencarnar, podendo então gozar as delícias da vida eterna. A prática da caridade é muito incentivada pelos espíritas, pois eles acreditam que, por meio dela, semeamos carmas positivos e nos aproximamos da perfeição.
A primeira sessão espírita no Brasil aconteceu em 17 de setembro de 1865, em Salvador, capital da Bahia.
Os espíritos estão divididos em três grandes categorias, que por sua vez se subdividem em dez classes, a saber:

1. Espíritos Imperfeitos - Essa categoria inclui os "espíritos impuros", os "espíritos levianos", os "espíritos pseudo-sábios" (que semeiam enganos), os "espíritos neutros" e os "espíritos perturbadores" (também chamados de "brincalhões").
2. Espíritos Bons - Aqui estão incluídos os "espíritos benévolos", os "espíritos sábios", os "espíritos de sabedoria" e os "espíritos superiores".
3. Espíritos Puros - Pertencem a uma categoria única. Desta classe, fazem parte os grandes mestres da Humanidade.

As expressões-chaves da Doutrina Espírita:

1. Ectoplasma: Substância de origem psíquica que emana do corpo do médium. Pode ser visível para quem tem o dom da vidência. É por meio dessa substância que os espíritos operam no mundo material.
2. Guias: No Espiritismo, existem os "guias" ou "espíritos de luz", que estão num estágio de aperfeiçoamento bastante avançado. Eles nos trazem conselhos e orientações de ordem material. Pertencem à classe dos "espíritos bons".
3. Incorporação: Faculdade mediúnica em que o espírito desencarnado ocupa momentaneamente o corpo do médium, valendo-se desse recurso para desempenhar seu trabalho no mundo dos vivos.
4. Materialização: Corporificação, total ou parcial, do espírito desencarnado. Ocorre quando o ectoplasma se condensa. É o que acontece, por exemplo, quando o espírito de alguém que já faleceu torna-se momentaneamente visível.
5. Mediunidade: Faculdade latente em todos os indivíduos, que permite a uma pessoa servir de canal de comunicação ou manifestação para os espíritos desencarnados. A mediunidade se divide em duas principais categorias: a mediunidade física, da qual fazem parte a capacidade de materialização e a incorporação de espíritos de médicos, dentre outras manifestações; e a mediunidade intelectual, que inclui a Psicografia, por exemplo.
6. Psicografia: Faculdade manifestada por alguns médiuns, que escrevem mensagens enviadas pelos espíritos desencarnados.
Durante o processo, o médium não tem consciência do que está escrevendo, em geral, ele permanece com os olhos fechados, e as mensagens recebidas costumam apresentar teor elucidativo. É um dos trabalhos mais procurados nos centros espíritas, por pessoas que perderam entes queridos e que desejam saber como eles estão vivendo no outro plano. Também existem muitas obras psicografadas na literatura espírita, que foram “ditadas pelos espíritos de luz”.

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